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África Vermelha - Resgatando A Política Negra Revolucionária
Editora: BOITEMPO
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Fora de estoqueCódigo: 9786557174661
Categoria: Ciências Políticas
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Qual o caminho para a emancipação dos povos do Sul global? Em África Vermelha: resgatando a política negra revolucionária, o pesquisador Kevin Ochieng Okoth sustenta que as discussões contemporâneas sobre radicalismo negro perderam de vista as principais preocupações dos militantes e intelectuais do século XX. Em uma crítica contundente ao esvaziamento do marxismo e das políticas radicais de transformação no continente, o autor propõe um resgate da tradição intelectual marxista anticolonial como chave para pensar o presente e construir o futuro. A partir de uma análise rigorosa das experiências de emancipação do século XX, Okoth questiona os limites das abordagens teóricas predominantes no século XXI — como o afropessimismo e a decolonialidade — que, segundo ele, descartam a crítica da economia política e reduzem o marxismo a uma ciência eurocêntrica e obsoleta. Ao longo do livro, o autor articula eventos históricos africanos com a trajetória e a formação política e intelectual de figuras centrais do pensamento negro e anticolonial, abrindo caminhos para repensar as lutas do presente sob uma perspectiva marxista. Em vez de ver o marxismo como uma relíquia, Okoth o encara como uma ferramenta ainda vital para imaginar e impulsionar projetos políticos emancipatórios: “Mas por que se agarrar a uma política que supostamente está ‘ultrapassada’, como afirmam alguns? O objetivo, defendo eu, é recordarmos que havia, e ainda há, caminhos alternativos para a emancipação – caminhos que, no entanto, foram esquecidos, mas que continuam tão radicais e transformadores como sempre. Cabe a nós construir um comunismo para o nosso tempo a partir das ruínas da África Vermelha”, escreve. África Vermelha é um convite a revisitar ideias potentes que moldaram as lutas do passado — não por nostalgia, mas para inspirar novos horizontes de emancipação negra no presente.Trechos “Este livro não é um simples exercício de nostalgia ou recordação de uma época em que a mudança revolucionária parecia possível. Pelo contrário, é um projeto político que espera resgatar o que resta da tradição da África Vermelha – que foi traída, violentamente suprimida ou apagada – e construir, a partir daí, uma política revolucionária. É, em resumo, um experimento de marxismo de salvamento: um comunismo das ruínas que resgata o legado da libertação nacional. Ainda temos muito a aprender com a política de Eduardo Mondlane, Amílcar Cabral, Walter Rodney e Andrée Blouin. Ainda podemos construir algo novo a partir de seu pensamento político, algo que se apegue à promessa utópica de liberdade e se recuse a desistir.” “Aparentemente ainda não satisfeito com a extinção dos projetos terceiro-mundistas que contestavam sua dominação, o neoliberalismo reformulou o discurso sobre a descolonização. Basta considerarmos os debates contemporâneos sobre a decolonização de museus, galerias de arte e universidades para termos uma noção de como o campo da ‘decolonização’ deslocou a ênfase na crítica da economia política para a questão mais abstrata da decolonização do(s) saber(es).”
Páginas | 200 |
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Data de publicação | 16/06/2025 |
Formato | 14x21x2 |
Largura | 14 |
Comprimento | 21 |
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