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Angústia
Em até 4 de 19.75 s/juros
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Angústia é considerada uma das obras mais intensas e desafiadoras de
Graciliano Ramos. Narrado em primeira pessoa, o romance mergulha no
universo psicológico do funcionário público Luís da Silva, conduzindo o leitor por
um fluxo de consciência denso e inquieto. A narrativa ziguezagueia entre
passado e presente, explorando memórias de infância e a realidade opressiva
da vida urbana, compondo um retrato vívido da solidão e do colapso subjetivo.
Retrato de um homem em queda, a história acompanha um funcionário público
pobre, esmagado por obsessões e pelas exigências do mundo burguês que o
despreza. “Não sou um rato, não quero ser um rato”, diz ele, enquanto se cola
às paredes e tenta escapar dos homens ruidosos, das dívidas impagáveis e da
lembrança sufocante de Marina.
Publicado originalmente em 1936, num momento de profunda tensão política –
Graciliano seria preso pouco antes do lançamento do livro sob suspeita de
envolvimento com a Intentona Comunista –, Angústia é também uma alegoria
da repressão e do colapso social. Como em outros momentos de seu trabalho,
Graciliano rejeita explicações fáceis ou maniqueísmos. Em vez de heróis ou
vilões, há homens atravessados pela dúvida, pela vergonha, pelo rancor e pela
impotência. "Essas sombras se arrastam com lentidão viscosa", escreve ele,
"misturando-se, formando um novelo confuso."
A obra ganha agora nova edição pela Global Editora, com projeto gráfico
singular, estudo crítico assinado por Carolina Duarte Damasceno, professora
de Literatura na Universidade Federal de Uberlândia, e um caderno de imagens
que recupera manuscritos do próprio autor. Trata-se não apenas de uma
reedição, mas de uma reentrada cuidadosa em um dos espaços mais densos e
desafiadores da literatura brasileira.
Este é o quinto título de Graciliano publicado pela Global, após Vidas secas, S.
Bernardo, A terra dos meninos pelados e Memórias do Cárcere. Também é o
terceiro a integrar a coleção que ostenta em sua capa a arte de J. Borges, ícone
da xilogravura nordestina, que neste volume assina Coração na mão. A imagem
dialoga com a essência do livro: o coração nu, exposto, entregue ao desespero
e à lucidez que marcam a jornada de Luís da Silva, o narrador-protagonista.
Páginas | 304 |
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Data de publicação | 20/06/2025 |
Formato | 21 x 14 x 1.5 |
Largura | 14 |
Comprimento | 21 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | FIC000000 |
Classificações THEMA | FB |
Idioma | por |
Peso | 0.38 |
Lombada | 1.5 |
Acabamento | Brochura |
Altura | 1.5 |