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Debaixo da nossa pele

Debaixo da nossa pele

Uma viagem

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Código: 9788583111535
Categoria: História Mundial
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Quem foram os primeiros negros a habitar o continente europeu? Como trajetórias individuais, muitas vezes apagadas da história oficial, contribuíram para moldar o Ocidente? Como recontar a presença negra na Europa desde as grandes navegações até os fluxos migratórios do século XX? Essas são algumas das questões que movem Debaixo da nossa pele: Uma viagem, livro do escritor e jornalista cabo-verdiano Joaquim Arena. O lançamento da obra no Brasil, pela editora Gryphus, será na edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) 2025, com a presença do autor, que participa da programação da Flip+. Misturando ficção, reportagem, ensaio, biografia e relato de viagem, o livro traça um percurso incomum pela “Europa negra”, aquela que ficou fora dos livros didáticos e das grandes narrativas coloniais. Publicado originalmente em 2017, em Portugal, e depois traduzido na China (2022) e nos Estados Unidos (2023), o livro chega agora aos leitores brasileiros. Ao longo de 224 páginas, Arena — vencedor do Prêmio Oceanos 2023 com Siríaco e Mister Charles — apresenta um mosaico de fragmentos esquecidos da presença negra na Europa, com uma coleção de notáveis personagens. "Para nós, escritores de língua portuguesa, a publicação de nossos livros neste país é um marco importante. Não apenas pela dimensão do mercado, mas sobretudo pela variedade dos leitores. É um universo mais diverso, com uma matriz cultural muito rica e que tem curiosidade por outras literaturas da mesma língua, em geografias diferentes”, comenta Arena.  Narrativas entrelaçadas O ponto de partida é uma palestra sobre o curioso quadro quinhentista Chafariz D’El Rei, precioso retrato da população africana em Portugal, à época. Dias depois, Arena reencontra Leopoldina, amiga que se dedica à investigação do enigma da mestiçagem na população lusa, e do legado social resultante dessa mistura de culturas. Leopoldina, uma senhora descendente de pessoas escravizadas, também procura manter viva a história de sua tataravó Catarina, transmitida oralmente por gerações.  A partir daí, começa uma jornada dupla — geográfica e temporal. Pelo interior de Portugal, Arena atravessa vilarejos como São Romão e Rio de Moinhos, às margens do rio Sado, onde africanos escravizados trabalhavam no cultivo do arroz no século XVIII. O livro flui como um road movie literário. Nele, o autor, que volta ao país de adoção após a morte do pai adotivo, em Cabo Verde, atravessa o Portugal contemporâneo em busca de marcas de um passado ainda não digerido. Em trechos, como a descrição de Alcácer do Sal, com seu castelo árabe vigiando as planícies verdes, o autor atribui à paisagem uma espessura histórica que amplia o sentido da viagem. A geografia retratada não é apenas cenário: é arquivo vivo, onde ainda se notam traços humanos africanos nos rostos da população atual, evocando memórias ancestrais.  Figuras históricas surpreendentes Arena reconstrói a existência de personagens históricos surpreendentes, como João de Sá Panasco — ex-escravizado que se tornou escudeiro e nobre da corte de D. João III, conhecido por seu humor afiado; Thomas-Alexandre Davy de la Pailleterie, general mestiço das tropas napoleônicas e pai de Alexandre Dumas, autor de O Conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros; Andresa do Nascimento, a Preta Fernanda, figura transgressora e influente na Lisboa do século XIX; Abram Petrovich Gannibal, africano levado à Rússia e ancestral direto do poeta Aleksandr Púchkin; e Marcelino Manuel da Graça, o Sweet Daddy Grace, cabo-verdiano que fundou uma das maiores igrejas evangélicas afro-americanas nos EUA. Essas vidas, entrelaçadas à do próprio autor, traçam uma nova cartografia da presença negra na Europa — do século XV aos anos 1960, com destaque para a migração cabo-verdiana a Lisboa, da qual Arena participou com sua família. O autor revisita arquivos, documentos, mapas e imagens com olhar jornalístico, mas sem abrir mão das zonas de sombra, das lacunas e das ambiguidades da história. “A ideia de raça foi uma construção. Desfazer essa construção exige recontar o que foi esquecido — e também nos reencontrar com os fantasmas que deixamos para trás”, disse em entrevista nos Estados Unidos.
Páginas224
Data de publicação21/07/2025
Formato23 x 16 x 1.8
Largura16
Comprimento23
Tipopbook
Número da edição1
SubtituloUma viagem
Classificações BISACHIS056000; TRV009130
Classificações THEMAJBSA; NHTB
Idiomapor
Peso0.405
Lombada1.8
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